segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A bastarda de Potamos

Eu quis provar do teu olho azul

piscina

sem cloro.

 

Náiade sem pai

me permitiu banhar

e não beber.

 

Eu quis provar do teu olho

sem controle

sem cura

cor de anátema.

 

Minha punição é não esquecer

da tua água morta

cor imunda

que eu queria beber.

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